agosto 31, 2017

Sociedade indígena na Paulista


Nossos primeiros habitantes no então desconhecido continente da América, por séculos lutam pelos seus territórios, tão injustamente retirados. A princípio sem donos reais, sem demarcações e dos povos nativos, que nele sempre moraram. Conhecido pelos mesmos como Pindorama: terra dos povos sagrados. Após à colonização ganhou o nome de Brasil. Lutam pelas demarcações, já feitas e que querem tirar, e pelas que nem sequer saíram do papel. Somos cúmplices dessa manobra tão cruel com nossos antepassados tão solidários conosco. Querem continuar em suas terras sagradas, onde sempre cuidaram e pretendem continuar cuidando, pelo bem de toda humanidade. Jamais agrediram à natureza, rios, animais. Temos a grande mãe terra como nossa protetora e continuaremos à lutar por ela, temos um amor pela terra, que nos fornece os alimentos sem venenos, temos um amor pelas águas sagradas das quais precisamos para vivermos, temos amor pelos peixes, entre outros animais, que caçamos e que nos alimentam e sabemos controlar sua caça sem extinguir espécies e sabemos manter o equilíbrio da vida. Que os países, que querem comprar nossas reservas naturais não o façam, antes de consultarem esses povos, o mesmo com os ruralistas, que não precisam de mais terras, além das que possuem e grilaram. Mais uma vez agridem os povos do bem. Não são preguiçosos, não são vagabundos são filhos da terra, e sabem de suas responsabilidades e de quase todos seus segredos. O povo guarani precisa de uma atuação a seu favor urgentemente. A privatização imposta pelos neoliberais com sua truculência irá cometer mais um novo genocídio, contra esses povos.

Regina Agrella

São Paulo, SP, Brazil

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